
A parvovirose canina é uma doença grave que se manifesta de duas maneiras.
A primeira, que é mais comum, é causada por um vírus bastante contagioso que ataca o sistema gastrointestinal do animal. Quando não recebe o tratamento adequado, esse vírus pode ser mortal.
A segunda forma de manifestação da parvovirose canina dá-se no coração. A doença causa uma miocardite aguda que leva o cão — especialmente os filhotes — à morte súbita.
O vírus dessa doença — conhecido como parvovírus — ataca principalmente células com rápida reprodução. Por isso, as células do intestino e da medula óssea são as mais afetadas.
Isso explica sintomas como a perda de sangue nas fezes, anemia, palidez na gengiva e no interior das pálpebras e, finalmente, uma grande queda na imunidade do cachorro.
Como a parvovirose canina é transmitida?
A doença é transmitida pelo contato com cães contaminados e com as fezes e os vômitos deles infectados pelo parvovírus.
Por essa razão, ao diagnosticar um animal com a parvovirose, é preciso deixá-lo em quarentena.
O contágio pode ocorrer por secreção oculonasal, vias respiratórias ou pelo contato direto com os cães com a doença.
Vale destacar que a transmissão dá-se principalmente entre filhotes e cachorros jovens que ainda não foram vacinados.
Isso acontece porque a parvovirose canina é uma doença que se desenvolve principalmente quando a imunidade é baixa ou pela falta de vacina.
Entretanto, isso não significa que cães adultos sem vacina não estejam propensos à contaminação.
Após o contágio, o vírus pode ficar ativo por meses em um ambiente. Isso o torna ainda mais preocupante, pois sobrevive em roupas, cobertores, comedouros e até mesmo no piso do ambiente.
Em locais com cães infectados, a limpeza deve ser rigorosa. Qualquer material fecal e também vômits deve ser retirado com água sanitária para garantir a remoção do vírus.
O período de incubação do parvovírus, ou seja, o tempo que ele leva para apresentar os primeiros sinais da doença, é de 7 a 14 dias.
Quais os sintomas?
A parvovirose canina apresenta os seguintes sintomas:
- Letargia;
- Febre;
- Diarreia — quase sempre com a presença de sangue;
- Vômito;
- Inapetência — falta de vontade de comer;
- Taquicardia;
- Hipotermia;
- Perda de peso;
- Palidez nas mucosas;
- Fraqueza;
- Apatia.
Ao perceber algum desses sintomas, encaminhe o cão imediatamente para o veterinário.
Quais as causas da parvovirose canina?
A causa desta doença está relacionada aos meios de contágio. Como já dito, ele pode ocorrer de forma direta ou indireta.
Além disso, pode ocorrer a transmissão tanto em ambientes fechados quanto em ambientes abertos.

Vale lembrar o potencial de contágio do parvovírus, uma vez que ele sobrevive por muito tempo.
Inclusive, pode resistir de meses a anos, se estiver em um local onde não haja limpeza ou não receba luz solar direta.
Para mostrar o potencial de transmissão, ela pode ocorrer até mesmo indiretamente.
Se você ou qualquer pessoa pisar em um ambiente com o vírus, pode levá-lo para dentro de casa e contaminar o cão desprotegido.
E o tratamento, qual é?
Quando mais cedo for feito o diagnóstico da doença, maiores as chances de recuperação do animal.
O diagnóstico geralmente é feito no exame clínico, mas a presença do vírus é confirmada pela amostra de sangue, que pode ser colhida rapidamente para testes.
É muito importante a realização desses exames para a confirmação do vírus.
Como os sintomas são parecidos com de outras doenças — como a cinomose — é importante confirmar para fazer o tratamento correto.
Ao ser diagnosticada a doença, o cachorro é imediatamente internado em ala de isolamento. Como um dos sintomas é a desidratação, isso se torna fundamental.
A baixa na imunidade também aumenta a necessidade do internamento, onde serão tomados todos os cuidados e o suporte necessário para o tratamento.
Felizmente, a parvovirose canina tem cura. Mas, isso não quer dizer que a recuperação seja fácil.
O tratamento é para os sintomas e não para o vírus em si. Então, a cura vai depender muito do sistema imunológico do cão e do estágio da doença em que ele está.
Normalmente ele recebe cuidados especiais, como a reposição dos líquidos perdidos pela desidratação. Geralmente, são receitados fluidos e eletrólitos.
Além do mais, o cão vai precisar tomar remédios para evitar o agravamento do quadro. Os mais comuns são os antibióticos e medicação para evitar o vômito.
Como prevenir a parvovirose canina?
Apesar de ter cura, a parvovirose é uma doença grave que pode levar o cachorro à morte. Por isso, a melhor atitude é sempre prevenir.
Vacinação
A primeira maneira de prevenir é vacinando o cão. As vacinas V8 e V10, dadas quando ele ainda é filhote, imunizam não só contra a parvovirose, mas também outras doenças.
É importante lembrar dos reforços, que devem ser feitos também. Para garantir a segurança do cachorro, siga o calendário anual de vacinas.
Contato
Outra forma de prevenção é evitar o contato com animais, materiais e ambientes infectados.
Locais em que animais infectados viveram devem ser evitados com cães que não estejam com a imunização completa.
Se você tem um filhote, até concluir o primeiro ciclo de vacinação — que ocorre 21 dias após a primeira dose — evite levá-lo a locais abertos.
Limpeza
Utilize sempre água sanitária para limpar o local em que o cachorro vive. Esse é um dos poucos produtos eficientes contra o parvovírus. Água quente também é eficaz.
Os donos de cachorros infectados com a doença devem também lavar os objetos do cão com água fervente e jogá-los no lixo.
Assim, ele garante que não está descartando material contaminado e que pode infectar outros animais.
E então, tirou suas dúvidas sobre a parvovirose canina?
Aproveite a visita ao nosso blog e leia também sobre a Cinomose, uma doença série que merece muita atenção!